quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Votos do Ano




 Quando se finda um período, e  a proximidade de festejos vem a atribular  ainda mais a vida dos seres comuns, que somos nós. Então, fica assim mais difícil  o nosso papel, aquele que era de fato de nós esperado.

Uns buscam por uma revanche, se o ano não foi tão produtivo, então se idealiza compensar todas as pendências no próximo.

Expectativas muito fantasiosas, muito além do que se pode cumprir, são um fardo a mais e podem atrelar frustrações à vida já tão sofrida, que representa a vida dos seres comuns e normais.

Ser mais participante, talvez seja, dirigir os nossos esforços para que o próximo período que se inicia venha a se fazer satisfatório. Porém sem alongar esta busca por fatos irrealizáveis e de difícil concretização, se faz o melhor, para que o próximo ano venha a ser motivo de alento, e não motivo de frustrações antecipadas.

Metas muito audaciosas a cumprir, não deixam de ser um embuste. Pois trapacear as nossas capacidades, aquelas que já conhecemos, é preterir um futuro modesto, por um porvir tão venturoso que chega às raias da inconformação.

Estejamos seguros que iremos caprichar, que o próximo período se faça produtivo, e não nos esqueçamos que de pequenas alegrias a vida é composta.






segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Natureza Chama


Natureza chama

Longínquos sonhos que vividos se tornariam o ideal de todo e qualquer ser: o sonho de poder viver junto à Natureza.
A beleza ímpar e exuberante está cada vez sendo mais rara de ser encontrada, pois de tão aviltada , só podemos verificar pequenos refúgios, que são como santuários, pequenas reservas, onde a Natureza ainda se apresenta de forma intocada.
Verdes matas, corredeiras, cascaras com vegetação exuberante, trazem saudades àqueles que um dia já conheceram locais assim. Cada vez mais civilizadas estas reservas são destituídas de sua grandeza original.
Flora e fauna cantariam juntas um princípio que se faz, que a Natureza ainda conspira em sobreviver a tantas agressões.
Seres humanos não encontram harmonia no convívio com a Natureza , que gentilmente oferece todos os recursos . E sem entender toda esta premissa ameaçam a própria mãe, com seus gumes em golpes de destruição.
A beleza da flora, a harmonia da fauna, tudo tem um princípio que deve ser seguido.
Integremo-nos pois, e com todo o coração deixemos mais e mais espaços intactos desta beleza nascente, para que possam surgir manhãs incandescentes em todos os corações que se dizem sensíveis.
Ver a Terra estranha não é privilégio de nenhum ser que em sã consciência dos seus atos, não queira deixar apenas um lugar de mata intacta, para a lembrança dos que vierem depois.
Uma Terra mais comedida não exauriria os recursos disponíveis que nos são cedidos.
Amar a vegetação é também encantar corações. Amemos tudo o que se encontra em nossas cercanias, e um mundo só de sonhos, poderia viver par a par com o progresso das civilizações.


Raiar de um novo dia






Despertar para a rotina comum muitas vezes não se faz tarefa grata, visto que sabemos com antecedência o lufa-lufa, a correria que esta nova empreitada nos oferece.

Uma manhã é oportunidade  única em nossas vidas, pois cada uma se faz diferente, mesmo que as atividades sejam as mesmas, porém os acontecimentos adjacentes as distinguem de uma a uma. Numa manhã ensolarada ou quem sabe chuvosa vamos encontrar filigranas que diferem uma manhã da outra.

Estarmos imbuídos para cumprir nossa rotina do modo mais proveitoso que se faça possível, já é uma colaboração, que parte de nós para o sucesso da jornada que irá iniciar.

Num simples dia, destinos são mudados, alvíssaras vêm de todas as direções,  e nos posicionarmos para receber todas as ocorrências do modo mais brando possível é a nossa parte realizável e que em nossas mãos se encontra.

Se não pudermos modificar ocorrências que não se fazem agradáveis, tender em avaliar a parte mais auspiciosa e desta desfrutar, se faz um grande favor que nos podemos prestar.

Cada dia tem a sua tonalidade e que sejam festejados um a um, todos sempre tem algo de próprio e delicioso. Talvez seja apenas uma parcela diminuta, bem pequenina, mas tomemos esta por referência.

Ser agradável ou nublado, ser auspicioso ou enfadonho é fato de relativa importância para cada um de nós.

Que preenchamos do melhor modo possível cada um dos quais nos vem nas mãos para que deles façamos: Lindos, próprios e produtivos.

A bruxinha criativa




Num bosque feliz e risonho havia uma linda bruxinha que gostava de criar quadros.
Nada para ela se fazia impossível. Quando o inverno chegava e a neve se acumulava lá fora ,  ao invés de ficar amuada, punha-se a confeccionar lindas pinturas.
Selecionava flores secas,  folhas interessantes por toda a primavera e quando o frio se fazia urgente, e o vento uivava,  se punha a tecer belas telas o que para ela era motivo de encantos.
Precavia-se e acumulava um celeiro pleno de galhos, que abasteciam a enorme fornalha em chama acesa, clareando e aquecendo sua simples morada.
Bruxinha esperta que ao invés de exclamar que o inverno é frio e lúgubre, sabia fazer desta estação uma passagem bem divertida do ano.
Bruxinha esperta é assim, pinta e pinta graça e esperança até que o inverno chegue ao fim. E que venha a primavera risonha, onde as borboletas enfeitam as campinas verdejantes, compondo com flores o panorama ora enregelado.
Ela sabe aproveitar, extraindo o melhor que cada estação tem a lhe dar.





quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Cavalinho


Cavalinho
Em uma selva distante , muitos calinhos viviam em uma grande clareira.
Uma relva verdinha e macia os convidava a saltitarem e quando a noite chegava, acercavam-se de uma grande gruta de pedra, que lhes servia de abrigo.
Eram doze irmãozinhos que ali viviam felizes. Porém um deles, que se chamava Formoso era entre todos o mais belo, e adquirira a faculdade de falar.
Todos faziam estranhos ruídos que eram compreendidos por todos. Porém Formoso, como era diferente dos demais, adquiriu esta incompreensível capacidade de cantar lindas melodias.
Os outros amiguinhos riam e zombavam de Formoso dizendo:
- Como pode alguém soltar rumores tão feios?
E riam-se , riam-se a rachar.
Mas Formoso não de dava por vencido . Ia cantar bem longe, onde a melodia não alcançasse os ouvidos dos seus pares.
E assim se foi tão distante, bem distante, até que encontrou um grupo de meninos que lenhavam na floresta. Estes atraídos por tão bela voz, vieram ver onde se encontrava tal cantor.
O susto foi tremendo, até comovedora a situação. Embevecidos ficam todos e Formoso pela primeira vez conseguiu realizar o seu sonho: Uma plateia ávida para sorver de sua arte
Lindo Corcel que canta a melodia dos céus, foi o apelido carinhoso que recebeu desta plateia enlevada com seu canto fabuloso.
- E vivas ao Formoso!