Quando o dia se finda, o poente colore, a beleza explode em
força e magia.
Cada qual se recolhe, ao cessar a rotina, a cortina do palco
se cerra, rematando o espetáculo em epílogo.
Vênus surge no oeste, a convidar as companheiras celestes,
comparecem fagueiras constelações , derramando afagos aos borbotões, como favos
de mel, que esparzem do céu.
A Lua valorosa veste prata, engalanada a Via Látea seduz em
luzes. Os corações sensíveis não se furtam à magnificência do luzeiro, cravejar
de altaneiros píncaros inacessíveis.
Ó noite, dama de mistérios, somos gratos pelos sonidos
etéreos!
Senhora que domina o breu, tem piedade e em serenidade traz
brilhos, vertem eflúvios cadentes, como candeeiros ardentes a acalentar e
aquecer.
Em cada fronte mora uma estrela cintilante, rememorando
constantemente, que a vida habita em cada ser.