Pingos de mel gotejam das árvores e esparramam-se em sombra
e sabores, a espalhar doçuras.
Chuvas de flores já haviam caído previamente, ao festejar o
início da estação da bonança.
Sazonal ponto de todo o sacrifício heroico, onde o brado
colossal vem resumir-se na palavra fartura.
Colheita, festa da vida, onde o abastecer se faz mister,
onde legionários enfileirados desfrutam do servir-se em enormes braçadas, onde
o vencer é a meta, e a preguiça companhia ausente. E onde os odores frutais,
vêm invadir os sentidos dos simples transeuntes ao derredor.
Prevenir é um fato daqueles que escoltam a prodigalidade,
onde a abastança de hoje pode faltar no amanhã.
Toda a fragilidade humana é revelada nestas imensas mesas
decoradas, que são os pomares, onde o servir-se decorre do apenas apanhar.
Sazonalidades prudentes, onde a gala de nada se ressente e
apenas oferece o seu melhor.
Frutos fartos, perfumes sensíveis, mostras indizíveis da
vida no seu incansável reproduzir.
Perpetuar, esta vem a ser a festa, a eterna seresta das glórias,
das ofertas, da generosidade presente em cada lugar.