Asas encantam, inebriam, deslumbram, de leveza
contam , no aflar, num ciciar de condão.
Onírico fascínio, onde o fitar faz domínio, um só foco
hipnotiza, num só ponto a atenção.
Balizas voláteis, lábeis, voam pelo céu azulado. Ó destino feliz destes seres alados, que no
adejar em fulgor, aos nossos olhos
parecem ser dos anjos um favor!
Claridades nos
molham, tingem, impingem magia, na açucarada euforia de presenciar a
fragilidade de existências em brevidade . Valor, em que o tempo não conta
, e sim a monta vem do primor, da preciosidade do voejar rebuscado em magnificência. Vidas curtas, pulsam notórias
no seu curso, transitórias, radiantes, em galante esvoaçar .
Borboletas nos deixam ao chão atados, tal anacoretas fascinados, ante a beleza
descomunal, qual arrogantes prostrados,
ante a leveza celestial.
Ode, canção, reticências, quem resiste à opulência, de um
ser que dos céus desce?
Parece, que com clemência nos olham, no condão que demostram,
na efervescência flutuam, e a nós se insinuam, por compaixão!