quinta-feira, 16 de abril de 2015

Scorpius

Scorpius

Distâncias notáveis nos separam de constelações.
Isto vem a ser uma constatação, muito bem realizada já pelos povos antigos. Egípcios, gregos, persas, também indagavam a astúcia e perfeição, ao volverem os olhos para cima.
 A abóbada celeste floresce em estrelas, miríades de faíscas a desnudar seu fascínio.
Como viver ausente, se tudo é interligado?
Scorpius, tão longínqua, vem nos brindar com sua insígnia. Mostra na noite estrelada, seu desenho firme e forte, como constatação de um destino marcado.
Mitológicos personagens brincam de esconde- esconde, como se fossem jovens, que na perfeição de seus rastros deixam lembranças de veneno e fobias. Antares e Orion em oposição, não se poderia nominar melhor, já na antiguidade.
Deslumbrantes outros sóis, aos voltado aos canteiros espaciais, onde tantos asteroides, poeiras de estrelas, assim como sóis gigantes, bailam ao som da orquestra.
 Apontar sinfonias que o elenco está fadado a continuar.

Enlevar-se em céu de estrelas é doce canto de ninar.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Lembranças


Aldeias



Aldeias
Cada lugar de passagem, cada construção de um recanto que se faz imaginário, nos leva a recordar momentos solenes, momentos efusivos onde a recordação possa vir fazer morada e por poucos instantes, vivemos aquele momento já vivido. E  que nem por isto deixa de ser recordado com emoção vivaz.
Tempos férteis são alianças que se fazem, são entregas singulares, onde o admirar, o acalentar vem, sem sofrer refregas e sim a entrega vem a fazer parte dos sentimentos comuns.
Um mundo construído e idealizado pode ser o foco vivido de modo instantâneo, dada à capacidade de se transportar e de idealizar. E assim viver manhãs doces, onde pássaros que encantam vêm beijar nossos ouvidos com trinados ardentes, onde a prata do céu em nós se derrama num encontro feliz.
Idealizar é transportar-se a outro lugar e ali viver. Enternecer-se em canduras furtivas não encontradas onde estamos, mas que podem ser desfrutadas por aqueles capazes de viver, de evanescer, de se transportar.  E outras terras saborear, mesmo estando longe, bem longe, estando em outro lugar.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Panorama

De quanto mais alto mais abrangente se faz a visão.
E isto realmente vem a ser uma constatação. Dos cumes a vista é alargada, não se prende a um mero ponto ou detalhe.
Visão degustada pelo nobre cavalheiro , que tomou a estrada ensejada, sem pudores ou menores intenções, foi ao ponto. Deu o seu melhor.
A vida nos leva a esta conclusão, quando não tentamos viver por um fato em si e por ele ter ganas de não evolver.
As esplêndidas miradas se fazem do topo, mas para isto houve certamente largas doses de coragem, ingrediente principal, para qualquer tentativa que tenha o brio dos vitoriosos.
A vista dos feitos interligados de um a um, de uma vida bem vivida, leva a uma contemplação, que tudo foi programado devidamente , numa lógica sequência de acontecimentos , até encontrar-se onde está e ainda para onde deverá ir.
Emboscadas para trás ficaram, a caminhada se faz segura, se baseada na linha reta, que evita o mordaz , que não olhe para trás com olhos de rusgas, mas sim com olhos fixos e firmes no horizonte meticulosamente delineado.
Vista abrangente e audaz deixa atrás dores e constrangimentos. Mas de que vale o ruir, se de brio somos feitos e de que vale o infortúnio a despeito de um momento destes?


Marulho

Ondas que adentram naquele lar, noite afora. Ondas vibrantes e sonoras, tudo invadem, sem nada temer.
Remanso ao sentir as vibrações. Descanso envergam as expressões. Nada descomunal, tudo é normal.
Pilares esteiam aquele lar, onde a aragem vem sussurrar, que nada fica de fora. A paisagem cândida e canora, faz parte integrante dos que ali vivem bem.
Integração, paz, lar, mar, natureza, canto firme, prosaica cena, cotidiano festivo. Onde tudo é altivo, nada a temer.
Sólida construção em bases firmes se faz, confiança que tudo está em paz. Sem receios, albergados ao meio, nada ruirá. E a edificação ali estará , quando o Sol despontar em romã, ruborizando uma nova manhã.


Scorpius

Distâncias notáveis nos separam de constelações.
Isto vem a ser uma constatação, muito bem realizada já pelos povos antigos. Egípcios, gregos, persas, também indagavam a astúcia e perfeição, ao volverem os olhos para cima.
 A abóbada celeste floresce em estrelas, miríades de faíscas a desnudar seu fascínio.
Como viver ausente, se tudo é interligado?
Scorpius, tão longínqua, vem nos brindar com sua insígnia. Mostra na noite estrelada, seu desenho firme e forte, como constatação de um destino marcado.
Mitológicos personagens brincam de esconde- esconde, como se fossem jovens, que na perfeição de seus rastros deixam lembranças de veneno e fobias. Antares e Orion em oposição, não se poderia nominar melhor, já na antiguidade.
Deslumbrantes outros sóis, aos voltado aos canteiros espaciais, onde tantos asteroides, poeiras de estrelas, assim como sóis gigantes, bailam ao som da orquestra.
 Apontar sinfonias que o elenco está fadado a continuar.

Enlevar-se em céu de estrelas é doce canto de ninar.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Palco




Palco

Assim como os dias se passam, assim conectados nos encontramos.
Cada qual ao seu estilo, todos dóceis e amigos, conferindo temas, expondo canções para repartir.
Cada verso isolado numa gaveta do armário ao lado, seria triste fim para nossas queridas composições. Desta feita os expomos, divulgamos com o coração sorridente.
Somos da paz, felizes e contentes viemos aqui rejubilar nossos versos não guardados e exibi-los ao léu.
PEAPAZ, pedacinho do céu, que sobre nós poetas e escritores vem!


Fontes

Fontes

Imanados em cascatas que jorram, fluem enfim, até nós vêm.
São fontes de sentimentos, descobertos de alento e jovialidade.
Cada qual se faz formosa, como lírios, como cravos, consistentes como rosas, cravinas, alecrins.
Jorram até nós tal pó de estrelas, fragmentando-nos de bem querer.
Sutis, misteriosos, inexplicáveis, muitos deles surgem e permanecem.
No rocio do vento, o sentir o alento, que cada brisa vem nos dizer.
São recados airosos de alguns desejosos de contato emocional puramente, afinidades frequentes; são parcos os nomes que vêm!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Caminhar


Arte de Safira Saldanha 

Vicejar


Receber o ar, a brisa que graceja por sobre nós de graça, sem constrangimentos , apenas vem.
Doces recados nos repassa e conta, sobre graça, sobre sentidos e sentimentos de corações postergados , que até nós se achegam.
A vida é dádiva e união, unamo-nos ao nosso recôndito, ausentemo-nos do lugar, e vivamos uma intensa comunhão conosco mesmo.
Diz a brisa, para acertarmos os ponteiros, não sermos fracos, tampouco voluntariosos.
É convite que se faz aos audazes, àqueles que se abstraem , e por poucos  instantes se alheiam daquele lugar cativo.
Voar, alçar asas rumo ao desconhecido, numa frequência febril, que levará boa ventura àqueles que se lançam ao inaudito.
Temores ruem por terra, vida é airosa, é garbosa, é perfume de rosa, murmúrio do mar, onde graciosas gaivotas vem despontar.
Natureza é una, tudo repercute, tudo vibra e viceja, sejamos parte do todo, que a vida é sim, céu azul, mar e poesia em parcos momentos, mas esta vibração se fará sentida por todo o dia

Esteios

Pelas alexandrias da vida, pelos duelos sanguinários que ousam, a pompa vem a ser requintada em entonações febris.                                                                                                                           
Madrugadas de exílio, florestas cerradas, incontinenti,  com a certeza que cada perigo seria transposto em cada lúgubre bifurcação.

Os esteios  são compostos, generais a postos, madrugadas, vendavais.
Caminheiros sempre, cavalheiros talvez, em defesa dos fracos, dos oprimidos, ou mesmo daqueles que requerem consolação.
Estribos e estandartes, suposições, caminhantes velozes, no tempo, senhores de terras, escravos noutra vez.
A meta é descortinada, todos os dias e resolutos volvemos a alguém.
Somos vulneráveis operários, obreiros fiéis , mas a veemente certeza que sem protegidos e protetores, o caminho termina ali, e assim não seremos ninguém.

Suntuoso

Aquela cena inesquecível a tornava perplexa. 
Parecia ignorar tudo ao seu redor, apenas tomando  foco nas suas realidades interiores, que se faziam opostas àquela situação vivida.
Vinham de longe estas pausas que a levavam a distanciar-se dali. Revivia cenas, que para ela eram tão conhecidas, como se sempre estivesse ali sentada, por longas horas a fio, esperando por alguém.
A mente  trazia tantas referências, que eram discorridas à guisa de um filme antigo.
Via-se  numa seleta poltrona,  em suntuoso  xale  envolvida e o olhar fixo a tomar deliberações.
Este pequeno pedaço de manto, ricamente bordado,  trazia confidências, que estes tempos eram longínquos. Tempos em que se costumava atá-los a si, como uma forma carinhosa de abrigo.
Toda a consideração por aquela cena, que  agora lhe era familiar, e se via outra vez envolvida na mantilha , para ela agora quase sagrada.  Alheada, compondo o vislumbre, assim se via.
De onde provinha aquela pequena peça de vestuário?
Este viera a ser o seu enigma.



Mulheres Todas

Bem vindas sejam estas batalhadoras de imensas lutas, sem fim talvez elas sejam.
Mulheres trabalhadoras que na obscuridade produzem em lides sem tréguas. Em noites insones acalentando, e por todo o dia em frenética atividade incisa e precisa.
Companheiras graciosas, nem sempre observadas com um olhar mais afável.
São elas tantas, milhares, milhões, que tal qual formigueiro se estendem, a perder de vista, nas massas, bem como nas multidões.
Mulheres todas, tantas delas tão capazes, e estando ao contato de outros não deixam de demonstrar, que a esperada igualdade tarda, e quiçá se um dia chegará.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Marulho

São ondas que se adentram naquele lar, noite afora. Ondas vibrantes e sonoras, tudo invadem, sem nada temer.
Remanso ao sentir as vibrações. Descanso envergam as expressões. Nada descomunal, tudo é normal.
Pilares esteiam aquele lar, onde a aragem vem sussurrar, que nada fica de fora. A paisagem cândida e canora, faz parte integrante dos que ali vivem bem.
Integração, paz, lar, mar, natureza, canto firme, prosaica cena, cotidiano festivo. Onde tudo é altivo, nada a temer.
Sólida construção em bases firmes se faz, confiança que tudo está em paz. Sem receios, albergados ao meio, nada ruirá. E a edificação ali estará , quando o Sol despontar em romã, ruborizando uma nova manhã.