quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Eco

Arte de Safira Saldanha



Eco
É a música um veículo que carreia emoções, e cada artista destila melodias do seu instrumento.
Cada musicista prefere executar o seu próprio instrumento, pois esta integração vai se tornando tão íntima, que parece existir um mundo entre eles.
Cada som é mensageiro do ser que habita o artista, no tempo presente, e a música que evola pode ser trágica, dramática ou um alegro passageiro.
Sons melodiosos, acordes formosos, a música se espalha, qual luz que espelha a beleza de um momento vivido.
Violino e autor compõe, formam em agudos e graves, que alternados são sons, são fadários em vibrações.
A música evola, encanta e consola. Benfazeja melodia, em acordes em sinergia.
A música é lume e impera em acordes solenes! 


Semivoltas



Arte de Safira Saldanha



A leveza combina com coisas belas. Graça e beleza se procurarmos com afinco, vamos encontrar em várias fases da humanidade, que já procurava refinar os seus gostos.
 Destreza, beleza, esplendor, plumas, tudo combina com dança.
Acordes no ar e o corpo como a envolver-se em ensaios sofisticados, comunicando  que é preciso acompanhar a mente e adentrar na melodia, também integrando, fazendo parte dos outros sentidos.
Coordenação, disciplina, organização, força peculiar, tudo se faz como um acorde, onde os sentidos estão dispostos e muito ocupados para a outras coisas se voltar.
A dança absorve e enquanto se efetiva, o corpo sorve de alegrias que não conhece, quando sentado ou estirado em um sofá, mesmo à beira de um abismo.
 A dança refresca e refaz os sentidos e quem o faz habilmente, sabe disto muito bem.
 A dança liberta, revigora, oferta de si de todos os seus sentidos milimetricamente revividos , numa abissal situação que chega perto do transe, quando o bailarino na música adentra .
 E corpo, mente e coração são um só, numa condição de fusão que a faz imortal




Impassível





Impassível
Num tapete relvado convidativo à contemplação da fartura, onde os pés poderiam pousar no dorso da suavidade, e de mil encantos se poderiam servir.
Estar impassível num cenário vívido é não participar, não sentir a vibração contagiante, num dia aconchegante, onde o destino é o ir. E não ficar extasiada, sem fazer nada e esperar sem limites, numa cadência ceifada.
Ir sempre ir, para onde o vento quer nos levar, não ficar solitária, parada, pois a vida é sagrada para desperdiçar.
Ir é verbo bom, pois a cadência da vida não admite digressão!

Laís Müller
Brasil


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Encanecer







Este é o retrato de minha querida mãe, antes dos seus cabelos virem a encanecer.

Encanecer

Saudades se tem daqueles seres únicos em nossas vidas.
Toda a suavidade do encanto, este ser querido tinha.
Mas já se foi, faz tempo, e a sua lembrança sempre cala,
muita doçura exala, bem como os seus suaves acalantos.
Ser imorredouro para nós, é a ternura de uma mulher,
que sabia compreender, amar, sofrer, tudo com bravura singular.
Se foi tão cedo, que seus cabelos ainda tão pouco encanecidos,
nunca foram por mim esquecidos.
Deixo aqui o retrato desta batalhadora,
que eu costumava chamar de Mãe!

sábado, 15 de agosto de 2015

Amenidades



Ao festivo pôr do sol, num espetáculo crédulo, ante os olhos admirados, confabulações se fazem.
Ante a grandiosidade da Natureza, de mais um dia que se vai, amenidades são concedidas, como trocas que se entrelaçam.
A graça de mais um dia se esvai, com a luz do sol poente, momento de balanço, de medir as atuações que foram feitas e avaliar as eleitas.
Arrogâncias não fazem parte deste  restrito círculo , onde as confabulações são serenas, são amenas  mensagens ,são prosas às rodas, ao sentir as evocações que se despedem, num clima ameno e festivo.
Na despedida de mais um dia , é uma melodia que se evoca!

domingo, 9 de agosto de 2015

Canduras



Canduras

Em meio ao verde, ninfas contam coisas de amor, num indescritível espetáculo que  acontece após o pôr do sol.
Onde as águas confabulam, contam as venturas de outros mundos e aqueles seres espertos, que vivem livres de suas carapaças, participam destas agregações tão agradáveis.
Nestas fontes, anjos alados chegam cantando em sustenido, têm  das asas um bramido, sabores desconhecidos àqueles que por algum motivo se indispõe com a vida.
Dos prados saltam os frescores, e as margaridas vêm entoar que a vida é bela, que a vida é sim uma fábula do outro mundo.
Aqueles  que disto tem consciência, que não se baseiam pela simples aparência, vêm se banhar nestas fontes e os seus desencantos ali deixam, porém lembram que a vida é dos sensitivos, que disto fazem encanto e vida.

Lais Müller
Brasil

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Chuva Cálida




Cálidos pingos que sobre nós vicejam, sem as águas nada seríamos; sementes mortas a esmo.
As chuvas trazem as bênçãos que caem do Alto, gotas que respingam e consolam.
A vida sem água é inexistente.
Exaltemos pois, toda a sincronia e beleza que a vida nos oferece.
Chuva farta em gotas diáfanas, que sobre nós como um céu de candura vêm!
Laís Müller
Brasil