Mil pontuações espalham, mil
interrogações amealham.
Um hiato, uma migalha de tempo livre,
emoldura o retrato, dourado alvitre à
perplexidade.
É prioridade preencher obtusas resmas de
papel,
ou quiçá contar confusas nuvens a passear
no céu?
O tempo é caro, e prostrar-se a vagar sem
itinerário é raro!
Em tamanho resumido, se parece a um
bandido,
outras vezes a um estranho, ele se
esconde,
e quando o temos nas mãos, não responde.
Sem chamá-lo aparece, e quando se tem
pressa, depressa vai embora.
Horas ganhas e perdidas, cada qual se vai
por sua vez,
e acomodar todas as investidas, é mais um
talvez.
Espiar cabisbaixa, ante o relógio, o que se
encaixa no seu sóbrio rodopiar?
Quiçá seja zombar do acaso, pois todo
soldado raso,
sabe extrair da hora o azo mor, sem demora.